Se você já se perguntou se o autismo leve aposenta, saiba que hoje iremos falar exatamente sobre isso! Primeiramente, é preciso entender que o autismo é uma condição que afeta a maneira como uma pessoa se comunica e interage com os outros. Ele também pode impactar na maneira como a pessoa percebe e interpreta o mundo ao seu redor.
Geralmente isso resulta em prejuízos que deixam a pessoa menos funcional e dificuldades significativas em várias áreas da vida. Como consequência, temos a necessidade de tratamentos que podem ter custo alto e muita desigualdade em uma sociedade que supervaloriza mentes típicas.
É por esse e diversos outros motivos, que você vai entender melhor a seguir, que o transtorno é legalmente considerado uma deficiência e possui diversos direitos garantidos pela a lei, mas será que isso inclui benefícios do INSS? Leia até o final para saber os detalhes!
E o que significa TEA?
TEA – Transtorno de Espectro Autista é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e interação social e comportamentos repetitivos.
O que seria esse tal de Autismo Leve ?
Considerado “Grau de autismo mais leve”, o Autismo de suporte nível 1 costuma apresentar sintomas menos severos. Eles podem ter, por exemplo, problemas sociais e comportamentos repetitivos que precisam de apenas algum apoio nas atividades diárias.
A comunicação verbal costuma ser positiva, mas eles podem ter dificuldade em manter conversas e em fazer amigos.
Também é comum gostarem de manter uma rotina, pois sentem necessidade de previsibilidade, e por isso ficam muito desconfortáveis quando os planos mudam ou quando algo sai fora do padrão.
Por ser conhecido “autismo leve”, muitas pessoas acreditam que não traz desafios e que nem sequer precisa de atenção, mas o que não percebem é que não importa se é nível 1, 2 ou 3 suporte, sabe por que? Autismo é autismo e tem diversas variações! Independentemente da intensidade dos sintomas, uma pessoa não vai ser menos autista e não deve ser desconsiderada por estar no nível 1 de suporte.
Que sintomas podem levar ao diagnóstico do TEA em adultos?
- Restrições alimentares quanto à cor, textura, sabor ou cheiro.
- Dificuldade em perceber e compreender expressões faciais e sinais não verbais.
- Prefere usar uma linguagem direta e formal, o que às vezes pode levar a ser interpretado como muito honesto.
- Foco excessivo em determinado assunto ou interesse.
- Dificuldade em sair da rotina e resistir à mudança.
- Dificuldade em entender metáforas, sarcasmo, piadas ou piadas.
- Preferem trabalhar sozinhos a trabalhar em equipe.
- Intensa sensibilidade ao ruído.
- Podem mostrar indiferença ou menor simpatia pelos outros, com pouca detecção de sinais de tristeza, raiva, tédio ou mesmo alegria, a menos que sejam muito evidentes.
Na vida adulta, as consequências e os problemas podem se tornar cada vez mais difíceis. Veja o motivo:
É importante entender que a pessoa autista pode ter diversas áreas da vida afetadas pelas características do TEA, mas a profissional é uma das mais preocupantes. Afinal, a sociedade ainda não está preparada para aceitar as diferenças e adaptar processos trabalhistas.
Nesse cenário de desemprego e exclusão social, diversas leis foram criadas para amparar e garantir que essas pessoas sejam amparadas e tenham necessidades básicas supridas.
Mas será que o autismo leve aposenta? Descubra agora!
A resposta é sim! Existem diferentes tipos de benefícios e aposentadorias do INSS que podem ser solicitados dentro do TEA! Veja os principais:
- Aposentadoria da pessoa com deficiência:
Um benefício concedido tanto por idade, quanto por tempo de contribuição, para trabalhadores que possuem qualquer impedimento, de longo prazo, a nível mental, físico, sensorial ou intelectual, que atrapalhe a pessoa a participar plenamente da sociedade, de forma igualitária a qualquer outra.
- Aposentadoria por invalidez;
Esse é para quem não pode mais continuar trabalhando. Para isso, além de comprovar a incapacidade total e permanente para o trabalho, a pessoa com TEA precisa ter 12 meses de carência no INSS e possuir qualidade de segurado.
- E tem mais: A pessoa autista tem direito ao BPC também!
Segundo o parágrafo 2.º do art. 1.º da Lei 12.764/2012, a pessoa autista é considerada deficiente juridicamente, e por isso têm direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), dependendo do grau de deficiência.
No entanto, é importante lembrar que o especialista do INSS determinará se a pessoa tem capacidade ou não de trabalhar, com base em sua avaliação do estado de saúde, e decidirá se o solicitante tem direito.
Além disso, no caso do BPC, também é preciso comprovar baixa renda. Por isso, nem sempre é um processo fácil e toda ajuda profissional pode ser bem vinda.
Me conta nos comentários: Você conhece alguém com Transtorno de Espectro Autista que conseguiu o benefício? Como foi?