É mais fácil tratar o Autismo leve?
Saiba o que é autismo leve, quais são os 25 sintomas, tratamento e o grande perigo do autismo leve!
Afinal, esse tipo de autismo está repleto de achismo. Há quem diga até que o autismo leve não precisa nem de tratamento ou que nem é autismo de verdade.
Mas será? Chegou o momento de você descobrir tudo que sempre quis saber sobre autismo leve e por que é tão grave o que dizem sobre ele, por isso leia até o final!
O que é autismo leve?
O que antes chamávamos de autismo leve, é o nível 1 de suporte: alguém diagnosticado com autismo que precisa de pouca ajuda, ou nenhuma, para fazer coisas simples do dia a dia, como comer, se vestir, se comunicar e se locomover, sabe?
Por que o autismo leve pode não ser percebido?
Quem tem autismo grau 1 de suporte, consegue desempenhar papéis de forma parecida a uma pessoa típica da mesma idade, mas sem a mesma desenvoltura.
Com isso, o autismo pode não ser percebido e esse é o grande perigo, pois o diagnóstico tardio traz diversos prejuízos devido a ausência do tratamento.
Além disso, como frequentemente não tem as características clássicas do autismo, há quem invalide o diagnóstico, desconsiderando todos os outros critérios de avaliação. Mas é importante lembrar que o autismo é um espectro, e assim como as cores, tem diversas nuances, então não é possível se prender a estereótipos.
Quais são os principais sintomas do autismo leve, afinal?
Separamos 25 sinais de alerta, alguns aparentemente invisíveis, que você pode observar em diversas idades!
- Não gosta de olhar nos olhos da outra pessoa.
- Pode não responder ao ser chamado pelo nome;
- Deixa a desejar em interações sociais.
- Fala de forma mais mecânica, apesar de fluida;
- Repete palavras ou frases fora de contexto;
- Dificuldade de expressar sentimentos;
- Não tem filtro social. Fala o que pensa, sem notar se magoa.
- Dificuldade para interpretar textos e entender ironia;
- Pode ter alguma sensibilidade sensorial, como o incomodo com barulhos;
- Não demonstra muita dor.
- Resistência a regras e imposições;
- Apego à rotina e resistência a mudanças.
- Apresenta certa fixação por algo, como brinquedos e/ou assunto.
- Tem estereotipias sutis e repetições;
- Ri em situações indevidas;
- Tem alguma seletividade alimentar;
- Não demonstra claramente medo de situações perigosas.
- Pode ter alguma dificuldade escolar devido a esses fatores e problemas de concentração.
- Tem acessos de raiva;
- Outras pessoas podem considerar frieza emocional;
- Esquece funções básicas de higiene;
- Se irrita por não conseguir organizar a si mesmo ou o ambiente;
- Dores no corpo;
- Ansiedade; Crises por ter lidado com muitos estímulos.
- Cérebro em looping, repetindo a mesma coisa o dia inteiro;
Como é feito o diagnóstico do autismo leve?
Normalmente, é através de pediatra ou neuropediatra. Já que não existem exames de imagem para TEA, eles irão analisar o comportamento da criança e o relato dos pais ou professores.
Por isso é importante que você, mãe ou pai, observe bem e fale tudo sobre os eu filho, inclusive incluindo a percepção da escola.
Autismo leve precisa de tratamento?
Apesar de ser um transtorno importante do neuro desenvolvimento, com diversos prejuízos, há crianças que ficam sem o devido tratamento.
Por isso, é importante lembrar que mesmo que ela tenha traços leves e não apresente as dificuldades clássicas do autismo, ainda possui outras dificuldades e precisa de intervenção, até mesmo para que não flutue para outros graus maiores.
Existem diversas metodologias e profissionais que podem ajudar a criança a se desenvolver normalmente e diminuem os prejuízos causados pelo TEA, como o Método ABA, o psicoterapeuta, o fonoaudiólogo e muito mais.
Como eu posso ajudar uma criança com autismo leve?
Há algumas coisas simples, mas importantes, que você pode fazer para ajudar no dia a dia, como:
- Desenvolva uma rotina sólida para evitar crises de ansiedade
Mesmo com grau leve, a criança vai ter dificuldade na flexibilidade mental, o que gera uma forte necessidade de ter tudo sob controle. Por isso você pode fazer uso de figuras e quadros de rotina que deem previsibilidade a ele.
- Fale de forma clara e objetiva sempre.
Com os déficits na compreensão receptiva, temos que falar de uma forma direta e simplificada, sem duplos sentidos, para que a criança entenda e atenda aos comandos.
Além disso, há a dificuldade de entender o que está passando na cabeça do outro, por isso não espere que ela saiba sozinha o que tem que fazer. Explique de forma clara como ela deve se comportar naquela situação e mostre as regras através de figuras.
Lembre-se também que falar muito, ou pedir diversas coisas, pode gerar crises por causa da questão sensorial. Tente sempre falar pausadamente!