Esse assunto tem se tornado muito popular e, com isso, tem surgido cada vez mais a pergunta: “Autismo o que é?”. Por isso hoje você vai saber detalhes interessantes.
A palavra espectro autista foi incluída justamente por causa dessa grande variedade de características, comportamentos e gravidade de sintomas diferentes em cada pessoa. O objetivo também era esclarecer que toda essa diversidade ainda está dentro do autismo e não são coisas separadas como as categorias faziam parecer.
Autismo o que é- Como realmente funciona o TEA?
É muito importante saber, em primeiro lugar, o que é autismo. Embora a neurociência do autismo ainda esteja avançando e não seja tão compreendida, essa condição é considerada um transtorno de desenvolvimento bem complexo de alterações cerebrais que já estão presentes desde a formação intrauterina e apenas vão se ampliando e se tornando mais aparentes ao longo do desenvolvimento.
Autismo o que é – Então o cérebro literalmente é diferente?
Sim, afinal, é uma alteração fisiológica também. Estudos realizados em cérebros de crianças autistas, identificaram que há um crescimento maior no tamanho do cérebro e que isso está relacionado a um padrão atípico na conectividade das regiões cerebrais. Sabe porque?
Antes mesmo do surgimento dos sintomas do transtorno do espectro autista, há alterações nas áreas que envolvem interação social e atenção. Especialistas notaram que os neurônios são mais ramificados, mas ao mesmo tempo são mais curtos que o normal.
Ou seja, há um crescimento maior do cérebro, excesso de conexões em diferentes partes, mas há também a dificuldade de fazer conexões mais longas e direitas. O grande problema, no entanto, é que não sabemos exatamente como isso tudo se relaciona exatamente com os sintomas do autismo ainda.
Autismo o que é – Afinal, como identificar o TEA?
Quando falamos de sintoma de autismo, falamos de algo que pode ser muito sutil. Por isso é possível fazer o diagnóstico através de dois fatores importantes que você pode tentar observar:
- Dificuldade na comunicação e interação social;
Aqui, muitos acreditam que se a pessoa fala, não é autista. Mas não basta apenas isso, é preciso olhar a qualidade dessa interação social.
Há pessoas que são fluentes verbalmente, mas tem dificuldade na reciprocidade da interação social, ou seja, não entende qual que é o papel do outro na conversa, não se preocupa se o assunto está sendo interessante para os dois, não dá espaço de fala, não ouve realmente o que o outro quer dizer e até mesmo não compreende regras sociais sutis, gestos, expressões faciais e etc.
- Comportamentos repetitivos, estereotipados e restritivos;
Nesse ponto, não estamos falando de qualquer tipo de comportamentos repetitivos, e sim de alguns específicos do autismo. Pode a persistência em uma mesma coisa, fixação em ventiladores e rodinhas de carros, abrir e fechar porta, movimentar as mãos e muito mais.
Autismo o que é – Qual é verdadeiramente a causa do TEA?
Muitos pais se perguntam a mesma coisa: “Como isso veio parar no meu filho? Da onde isso veio? Porque no meu filho?”. Estudos recentes mostram que a origem do autismo pode ter dois fatores:
- Genética
Em 80% dos casos, a causa é hereditária e muitos pessoas tem outros casos de autismo na família sem saber.
Hoje já temos mais de 6 tipos de genes identificados como parte do transtorno do espectro autista. Ainda não há um conjunto específico que torne possível identificar como o autismo é formado, e nem exames que possam ser feitos que mostram o autismo. Por isso o diagnóstico é 100% comportamental.
Mas é interessante saber que muitos pesquisadores importantes já estão investigando isso e em breve, nos próximos anos, podemos ter novidades.
- Fatores ambiental
Fatores externos que acontecem durante a gravidez, intra uterina ou fora do útero, tem uma pequena participação na origem do autismo também, gerando mais chances de alguém desenvolver. São elas:
- Infeções
- Parto prematuro
- Sangramento na gravidez
- Uma gravidez difícil
- Diabetes gestacional
- Gravidez de Múltiplos
- Idade da mãe e do pai (acima dos 40 anos)
Se você é mãe e essa informação gerou um sentimento de culpa, saiba que isso é mais raro de acontecer, somando somente 20% dos casos, e que o autismo só se manifesta quando já há o gene dele na pessoa.
Como pode ver, as causas são diversas e não temos controle nenhum sobre elas, por isso é importante tentar manter o foco no que realmente vai fazer a diferença da descoberta em diante: intervenções adequadas.
Por isso é preciso ficar de olho nos sinais de autismo. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico e começarem estimulações com metodologias comprovadas cientificamente, mais essa criança se desenvolverá e poderá alcançar a independência.
Qual informação você ainda não sabia e o que achou? Me conta aqui nos comentários!