Hoje vamos falar de um assunto que tira a tranquilidade de muitos pais, que é a dúvida de se o autismo leve pode piorar, ou não.
Ao receber esse diagnóstico, há um misto de preocupação, por se tratar de autismo, e alívio, por ser a conhecida manifestação menos intensa dele.
Mas será que a criança pode regredir? Será que os sintomas podem piorar, a ponto do autismo leve ficar no passado? É o que você vai descobrir agora!
O que é autismo leve ?
O transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio caracterizado por déficits na comunicação e na interação social associado a padrões comportamentais e repetitivos.
O autismo leve, ou grau 1, é a forma popular de se referir ao nível 1 de suporte, que é quando a pessoa apresenta sintomas menos intensos e é capaz de participar das atividades diárias da vida apenas com um pouco de apoio.
Os sinais e sintomas no Autismo leve são divididos em duas partes importantes. Veja!
- Em bebês e crianças:
O autismo leve se mostra presente na criança quando ela evita o contato visual, não atende ao chamado, não demonstra empatia como conhecemos, se desespera quando algo sai da rotina, tem problemas sutis na fala, gosta de brincar com o mesmo brinquedo, acessos de raiva intensos e pode ser considerada tímida.
- Adolescentes e adultos:
Eles podem apresentar distúrbios comportamentais, dificuldade de entender ironias, também podem ter falta de interações sociais, de expressar emoções, hiperfoco e diversos outros aspectos.
Sabendo disso, vamos para a seguinte pergunta: O Nível leve do Espectro pode piorar ?
Infelizmente, é possível, sim! Mas ao contrário do que muitos pensam, piorar não é necessariamente a perda de comportamentos que a pessoa já adquiriu, como a fala, por exemplo.
Acontece que quando não há o tratamento adequado ou não responde positivamente o tratamento, porque nem toda criança tem o mesmo nível de resposta ao tratamento, é possível ver um agravamento de alguns sintomas com o passar do tempo ou seja, cada vez mais a criança vai ficando com algum aspecto do desenvolvimento cada vez mais prejudicado.
Qual sintoma pode ficar mais grave?
O sintoma onde mais é possível observar piora, é a rigidez. Sabe aquela situação em que a criança quer algo no momento, horário e no jeito dela? Em que quer sempre fazer as coisas na mesma ordem e cumprir certos rituais?
Então, essa é uma característica no autismo leve que pode piorar muito com o passar do tempo para a criança que não está tendo uma estimulação que trabalhe a sua flexibilidade mental, ou seja, a capacidade de se adaptar ao dia-a-dia e às mudanças.
Por isso, esteja alerta:
É muito comum acreditar que ao dar total previsibilidade, a criança autista vai se desenvolver bem. Mas isso pode ser mais prejudicial do que se imagina:
Quando você, mãe, cria uma rotina fixa para seu filho no autismo leve, ele vai buscar cada vez mais por isso a medida cresce, podendo se tornar um adulto que ficará com medo de sair da zona de conforto.
Isso gera muita dificuldade em funcionar em um ambiente que tudo não esteja previsível, algo difícil na nossa vida diária. Basta pensar na questão do trabalho: sempre tem um imprevisto, sempre tem pessoas diferentes, variação de humor dos colegas, troca de chefe e muito mais, o que pode levar a muita ansiedade
O sintoma piorou ou se tornou mais aparente?
Algumas vezes, as pessoas acham que autismo leve piora na vida adulta, quando, na verdade, ele apenas ficou mais aparente de acordo com as novas exigências e demandas.
Uma criança com autismo leve normalmente fala, mas não é capaz de expressar ideias mais complexas. Para as necessidades da infância isso pode ser suficiente, mas à medida que vai crescendo, com as necessidades se tornando mais complexas em outras fases da vida, isso pode se tornar mais limitante e ela pode não conseguir se comunicar da forma adequada.
Outra situação que acontece muito, é esse adulto chegar a fase adulta e se tornar mais recluso e socializar menos. Não porque o autismo leve piorou, e sim porque não tem mais alguém para favorecer essa interação social, da mesma forma que acontecia na infância.
Como pode ver, uma pessoa com autismo leve pode acabar se tornando, também, menos funcional. Por isso você tem que sempre estar estimulando seu filho na infância, acompanhando na adolescência e orientando na idade adulta para que ele realmente crie autonomia.
AGORA ME DIGA: QUAL A SUA OPINIÃO SOBRE TUDO ISSO? ME RESPONDE AQUI NO COMENTÁRIO.