Autismo leve na adolescência pode tornar essa fase, que é uma das mais importantes e complicadas da vida, triplamente desafiadora. É o que nos mostra a série Atypical com perfeição de detalhes, retratando muito bem a realidade dos adolescentes dentro do espectro.
A maioria das pessoas acredita que quem é diagnosticado com autismo leve realmente tem uma vida leve, a ponto de nem ser considerado uma pessoa autista ou precisar de ajuda profissional. Mas será mesmo?
Sam Gardner, o protagonista dessa série popular, aparentemente é apenas um garoto de 18 anos comum, que ama desenhar e tem sonhos típicos da adolescência: ter uma namorada, fazer faculdade e até viajar para ver pinguins de perto, seu animal preferido. Mas para uma dolescente com Transtorno do Espectro Autista, tudo pode ser bem mais complicado, mesmo se tratando do subestimado grau leve de autismo.
Sim, é verdade que Sam ainda possui a capacidade de se relacionar bem e até manter um emprego, algo que muitas pessoas autistas não conseguem devido a intensidade de alguns sintomas.
Mas não entenda errado: em qualquer fase ad vida, isso jamais significará que ter autismo leve é fácil, muito menos na adolescência. Leia até o final para entender o porquê!
O que é o autismo?
O autismo é um transtorno do desenvolvimento que afeta a maneira como uma pessoa se comunica e interage com os outros. Ele também pode afetar a maneira como a pessoa percebe e interpreta o mundo ao seu redor.
Por isso é muito conhecido por seu impacto na forma como uma pessoa se comunica e interage socialmente. Ele também pode incluir comportamentos repetitivos e interesses restritos. Além disso, o autismo é um espectro de condições, o que significa que pode variar em intensidade e sintomas de uma pessoa para outra.
O que é o autismo leve?
Autismo leve não é um termo oficial, mas normalmente se refere a pessoas com nível 1 de suporte, ou seja, que precisam de pouca ajuda diariamente, e que possuem sintomas considerados mais leves em intensidade.
Autismo leve é mais fácil?
Embora seja mais sociável, se comunique e aprenda bem e consiga realizar atividades cotidianas sem muita ajuda, esse nível de autismo não é tão fácil assim.
Afinal, o autista pode ainda apresentar comportamento restritivo,
como gostar de fazer e falar das mesmas coisas o tempo todo. Há ainda algumas estereotipias e questões sensoriais, como incômodo com ruído, cores e afeição por movimento.
Muitos ainda precisam de medicação para controlar a ansiedade, a irritação e o medo. É comum também que seja excluído de grupos sociais, mesmo que sejam pessoas “sociáveis”, pois ainda é possível notar as diferenças.
Como é o autismo leve na adolescência?
Os adolescentes com autismo leve enfrentam desafios adicionais em relação aos colegas de sua idade, como a necessidade de se adaptar a ambientes sociais mais complexos e a pressão para seguir normas sociais e comportamentos esperados.
Podem ainda apresentar dificuldades para se comunicar de forma eficaz e compreender as nuances da linguagem, o que pode levar a problemas de compreensão e expressão. Eles também podem ter dificuldade para estabelecer e manter relacionamentos sociais,bem como apresentar interesses restritos e comportamentos repetitivos.
Como o adolescente autista tenta lidar com isso?
É importante ressaltar que ele está totalmente ciente de suas diferenças e faz um enorme esforço, dia a dia, para esconder ou camuflar as estereotipias, entonação ao falar, gostos particulares e etc, devido ao desejo de se inserir a um grupo. Mesmo com tudo isso, pode ser ainda rapidamente julgada como hostil, indelicada ou rude, por seu pouco contato visual e por não ter filtro social do que não é apropriado falar.
Além disso, ele se sente extremamente desafiador em relação à independência e à transição para a vida adulta, um processo que pode ser mais complexo no autismo. Por isso, podem precisar de apoio adicional para desenvolver habilidades práticas, como cuidar de si mesmos e gerenciar suas necessidades financeiras.
O que fazer para facilitar o autismo leve na adolescência?
Lembre-se que autismo leve não é menos autismo e nem é mais fácil. Continua sendo um transtorno importante do neuro desenvolvimento humano, que precisa de muito cuidado.
Nessa fase, as dificuldades relacionadas ao autismo podem se tornar mais evidentes, por isso é importante que esses adolescentes recebam apoio e intervenções adequadas para ajudá-los a enfrentar esses desafios.
Isso pode incluir terapia comportamental, ocupacional, da fala e outras intervenções personalizadas para atender às necessidades individuais.
Também é importante que os pais, professores e outros adultos importantes estejam cientes das necessidades dos adolescentes com autismo leve e trabalhem juntos para apoiá-los.
Você conhece algum caso de autismo leve na adolescência? Como tem sido? Comenta aqui para outras pessoas saberem o que esperar!