Se você está aqui, é porque provavelmente está com alguma suspeita e quer descobrir mais detalhes de como diagnosticar autismo leve, certo?
Se a resposta for sim, tem algo complicado nesse assunto, que precisa saber em primeiro lugar: Confirmar o autismo leve pode ser algo bem difícil.
Graças aos sintomas serem um pouco mais sutis do que os casos clássicos, o autismo “leve” pode ser confundido como uma simples característica da personalidade de alguém e nunca ser diagnosticado, o leva a problemas gravíssimos : a falta de tratamento, compreensão e direitos da pessoa autista.
Por isso é preciso ficar de olho. Quer saber como diagnosticar o autismo leve? Leia até o final e veja todos os detalhes sobre isso!
Como acontece o diagnóstico de autismo?
Existem dois documentos de referência mundial para diagnósticos na área médica, que são muito utilizados quando se trata de autismo: O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, chamado de DSM, e a Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, o CID.
Como é o diagnóstico de autismo pela DSM, em sua última atualização?
Para que seja confirmado o autismo, são avaliados prejuízos em duas áreas, onde a primeira se refere a tudo que tem a ver com relações humanas e a outra a comportamento. São eles:
- Comunicação social: Esse termo envolve muitas coisas. A fala pode não existir ou ser limitada, estando sempre no mesmo tom e rebuscada. Nota-se dificuldade em expressar emoções e em perceber a emoção do outro também. Além disso, pode existir dificuldade em iniciar e sustentar amizade ou outras relações.
- Interesses fixos e restritos, com comportamento estereotipados: Aqui podemos ter uma pessoa com estereotipias motoras, vocais e com objetos, aparentemente sem função, bem como interesse fixo em uma coisa ou em um só tema, onde a pessoa pode falar de um assunto ou fazer a mesma coisa o tempo inteiro. Está neste elemento também uma hiper ou hipo-reatividade, ou seja, uma alteração sensorial que, por exemplo, resulta em uma aparente insensibilidade à dor/ temperatura, reação de adversidade a sons ou texturas específicas, cheirar ou tocar objetos exageradamente, encanto visual por luzes ou movimento.
E como o DSM divide isso tudo?
Como já sabe, essa condição pode ser diferente em cada pessoa, por causa da diversidade em que se apresentam os sintomas.
Você já deve ter ouvido falar em grau leve, moderado e severo de autismo, que se refere ao grau de gravidade dos sintomas. Mas apesar de serem termos muito conhecidos, eles não são totalmente adequados, pois não existe um termômetro para autismo e os sinais são bem irregulares.
O que existe, na verdade, são níveis 1, 2 e 3 de suporte que uma pessoa precisa em sua vida diária, de forma que no 1, a pessoa é mais funcional e precisa de menos apóio e no 3, ela é mais repente e exige mais ajuda.
Como é o diagnóstico de Autismo pelo CID?
Aqui não se fala em níveis de autismo. Para diagnosticar, ele leva em consideração 2 critérios importantes. Descubra agora:
Fala funcional– É prejudicada? Muito ou pouco? Essa fala funcional está ausente ou se se encontra totalmente preservada?
Deficiência intelectual- Ela existe ou não na pessoa?
Além disso, o diagnóstico ainda pode ser pautado em uma uma terceira categoria: Quando é encontrado na pessoa um dos genes que já tiveram sua relação com o autismo confirmada.
O que é e como diagnosticar autismo leve, afinal?
As pessoas geralmente usam o termo “autismo leve” para se referir a indivíduos com autismo que têm sintomas mais suaves e que precisam de pouco suporte. Ou seja, podem ter boa capacidade de realizar atividades cotidianas, aprender, se comunicar e se relacionar.
Mas como pode perceber, apesar de “ autismo leve” ser uma expressão, usada comumente ela não é técnica ou oficialmente reconhecida, por isso não temos uma ferramenta de diagnóstico exata e nem um consenso sobre o que é isso entre profissionais da saúde.
Como identificar o autismo leve?
Os cinco principais sinais de autismo leve incluem dificuldades em:
- Fazer contato visual;
- Compreender sarcasmo, ironia e outras formas de linguagem figurativa;
- Perceber as necessidades e sentimentos dos outros;
- Mudanças em suas rotinas rígidas;
- Tirar o foco de seus Interesse restrito e intensos em assuntos específicos;
É importante lembrar que os sinais podem variar muito de pessoa para pessoa. Mas agora que já sabe quais são todos os pontos importantes considerados em um diagnóstico, poderá estar mais atenta a esses sintomas. Procure um profissional de saúde qualificado para fazer uma avaliação e se livrar dessa desconfiança, pois quanto mais cedo começar o tratamento, melhor!
Me conta: Quais características de autismo você tem notado por aí?