Muitos se perguntam o que é o autismo leve realmente, já que é um assunto cheio de falsas informações. Em primeiro lugar, é preciso lembrar que autismo é uma condição que gera problemas de comportamentos, dificuldades de comunicação e na interação social também.
O termo autismo leve é usado por diversas pessoas para descrever uma pessoa que tem Transtorno do Espectro Autista de nível 1, ou seja, que é muito funcional, capaz de realizar atividades cotidianas, falar normalmente e estudar satisfatoriamente, precisando apenas de pouco apoio.
Mas lembre – se que apesar de ser popularmente chamado assim, não é a forma correta, porque dá impressão de realmente ser algo leve, ou fácil, de se ter, quando, na verdade, o autismo sempre é desafiador.
Lendo mais abaixo você vai descobrir os sintomas do Autismo leve, os tratamentos e muito mais, então fique até o final!
Autismo leve é mais frequente em crianças?
Há pessoas que pensam que essa classificação é somente infantil. Isso acontece porque, quase sempre, ao lidar com esse assunto, as crianças é que estão em foco.
Mas saiba que o autismo leve em adulto é tão comum quanto em crianças. Afinal, o TEA possui diferentes intensidades e conjuntos de sintomas independente da idade.
Acontece que, como os sintomas do nível 1 de suporte podem ser sutis e não tínhamos tanto conhecimento sobre o autismo há alguns anos, muitas pessoas chegaram à vida adulta sem o devido diagnóstico. Mas com o avanço da ciência e por estarmos em plena era da informação, os pais estão cada vez mais alertas aos sinais.
Existe diferença de sintomas entre o Autismo leve em crianças e adultos ?
Os adultos autistas, as crianças e os adolescentes podem ter hipersensibilidades a sons, texturas e cheiros, se concentram nos detalhes e se apegam às rotinas, possuindo resistência extrema a mudanças. Além disso, não mantém contato visual e apresenta irritabilidade com frequência.
O adulto com autismo leve geralmente tem desafios para trabalhar e manter relacionamentos. Além disso, coisas que são óbvias para a maioria talvez não seja para eles, como é o caso das frases de duplo sentido. A falta de demonstração de empatia também pode ser notada, devido a dificuldade de entender sentimentos e interpretar expressões faciais.
Algo importante de compreender em relação a isso, é que os sintomas variam muito de pessoa para pessoa e o nível de suporte vai depender da gravidade deles. Por isso, o ideal é procurar o neuropsicólogo, ou um especialista em TEA para fazer uma avaliação.
Em resposta à pergunta inicial, não existe diferença óbvia. Pois todas as crianças autistas crescerão um dia, se tornarão adultos e depois idosos. Os sintomas são os mesmos, mas poderão mudar em sua intensidade, de acordo com os tratamentos necessários e situações vividas na vida adulta.
Qual é o tratamento para autismo leve?
O tratamento pode ser feito através de fonoaudiologia e psicoterapia que ajudará a pessoa a se desenvolver, a se socializar e interagir melhor com os outros. Bem como diversos outros profissionais importantes e métodos já comprovados cientificamente. Conheça outros grandes formas de intervenção:
Remédios: Embora não haja cura para o autismo, medicamentos, somente prescritos pelos médicos e sob real necessidade, podem combater sintomas que afetam diretamente a qualidade de vida de uma pessoa, como agressividade, transtorno obsessivo-compulsivo, dificuldade em controlar a frustração, hiperatividade, depressão, alterações do sono, TDAH e ansiedade.
Equoterapia: É uma abordagem terapêutica e educativa para a utilização do cavalo numa abordagem multidisciplinar no âmbito da saúde, educação e equitação, e visa promover o desenvolvimento.
É muito importante ter uma terapeuta ou uma pessoa especializada no momento dessa terapia. Geralmente eles colocam cavalos mansos e não permitem que pessoas fiquem perto, pois poderá tanto assustar ao cavalo quanto a pessoa com TEA.
Importante falar também que a idade mínima para essa terapia é três anos de idade, e antes de começar a criança é levada para conhecer o cavalo. Dura em cerca de 30 minutos.
Além disso, a musicoterapia, fonoaudiologia, nutrição, e terapia ocupacional também ajudarão muito na busca por uma vida de qualidade.
O mais importante de tudo, é perceber:
O autismo Leve pode ser muitas vezes mencionado como menos preocupante que o grau moderado e grave, como são popularmente conhecidos. Mas a realidade é que o autismo leve tem que ser visto com a mesma seriedade que os outros níveis de suporte, afinal, ainda sim, se trata de um transtorno importante do neurodesenvolvimento e precisa de acompanhamento profissional.
É sempre válido lembrar que quanto mais tardia for a descoberta, maiores podem ser os impactos na vida de uma pessoa. Como visto acima, muitas situações corriqueiras podem passar despercebidas.
Lembre-se, autismo é autismo, ninguém é menos autista por ter o autismo leve.
Agora me conta: qual sua experiência com autismo leve?