As perguntas “O autismo é uma doença? Tem cura?” têm sido as mais frequentes quando se fala de Transtorno do Espectro Autista (TEA), e olha que esse é esse é um assunto já repleto de muitas dúvidas.
Há diversas polêmicas na internet causadas por esse assunto, que causam muita confusão na cabeça das pessoas. Se você está aqui, é porque provavelmente ficou sabendo do diagnóstico de TEA de alguém, e gostaria de entender esse assunto de uma vez por todas.
Afinal, transtorno e doença são a mesma coisa? Qual é a diferença? Como é a cura para cada um desses termos? Leia até o final para Descobrir, pois é disso que vamos falar hoje, combinado? Vai ser muito esclarecedor!
O que é uma doença?
De forma bem simplificada, a doença é quando a gente tem uma causa e um processo de adoecimento bem conhecido, que quando resolvido, há a cura. Como é o caso, por exemplo, da pneumonia: uma bactéria que se instala no pulmão e faz uma colônia gigantesca.
Então a doença tem uma causa fundamental que altera biologicamente a saúde e isso se relaciona diretamente com os sintomas que são causados no processo.
O que é um transtorno?
Já os transtornos são bem diferentes! É uma condição de ordem mental, causada pela interação de fatores biológicos, psicológicos e sociais, que gera muitos prejuízos.
De acordo com o DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) é também a presença de sintomas, sem uma causa fundamental que é um processo especificado. Ou seja, veja só que curioso: Há a presença dos sintomas, mas não uma causa específica!
Autismo é doença: O que é exatamente o Transtorno do espectro autista?
A maioria já sabe que o autismo também é um transtorno do neurodesenvolvimento e não uma doença.
Oficialmente, através do DSM e do CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde) ele é simplesmente um prejuízo significativo na esfera social e a presença de comportamentos estereotipados e repetitivos. O diagnóstico se baseia nisso!
Percebe que em nenhum momento eles falam de uma causa fundamental para o TEA e nem como é o processo? Pelo contrário, fala de causas variadas e múltiplas, sendo diferentes para cada pessoa. Além disso, não existe um mesmo processo para todos que produz esse fenômeno que nós chamamos de autismo.
São por esses motivos que dizemos que o Transtorno do Espectro Autista acontece de forma diferente e única para cada pessoa, fazendo com que ela tenha seu próprio conjunto de sintomas.
Para que serve o tratamento? Podemos dizer que o autismo tem cura?
Com a ajuda de diversos profissionais, métodos e estímulos, busca-se oferecer para uma modificação no cérebro e no comportamento social, até que se consiga diminuir o sofrimento e os problemas do que está causando um transtorno, se tornando apenas um traço do espectro.
Assim, através de uma intervenção precoce e intensa, a criança pode sair do espectro, ou seja, os sintomas de autismo se tornam tão fracos, que ela não se encaixa mais no TEA e não pontua o suficiente para ainda ter esse diagnóstico.
Sabia que as questões sociais podem intensificar ou abrandar um traço de autismo?
No TEA, a gente sabe que as questões biológicas, e genéticas, são determinantes! No entanto, as questões sociais podem intensificar um traço ou abrandar também.
Por isso, a questão do celular para as crianças é algo tão comentado por especialistas. Imagine uma criança que nasce dentro do espectro, com traços bem fortes, não tem tratamento e passa o dia todo na televisão, sem interagir? Então, aqui vemos uma questão social que vai intensificar o transtorno. Mas, se caso contrário, essa criança dor estimulada da forma certa, onde é possível:
No entanto, se, ao contrário dessa situação, ela tiver os estímulos corretos desde muito cedo para:
- Eliminar os sintomas autísticos e conseguir potencializar situações de interação;
- Reduzir interesses restritos e ampliar novos repertórios;
Cria-se novos caminhos e novas conexões no cérebro. Então se você entende a cura como uma redução e melhora dos sintomas, mesmo que não haja uma doença, é possível no TEA, sim!
Mas atenção: os traços estão ali e se ficarem mais intensos, podem virar um transtorno novamente!
Afinal, o cérebro foi formado de forma diferente, mesmo sem os sintomas não sejam prejudiciais ou aparentes. Por isso o acompanhamento profissional deve continuar, ok?
Por exemplo, sabemos que tem pessoas que têm apenas traços do espectro e nota-se isso em diversos pais. Mas eles não foram diagnosticados por nunca ter virado um transtorno, ou seja, não causava prejuízo algum na vida da pessoa. Mas ela tem os traços e se por algum motivo aumentarem, entra no espectro.
Agora quero saber de você: o que pensava sobre a cura do autismo e o que pensa agora?