O autismo é uma condição que está crescendo cada vez mais em diagnósticos. Já são mais de 70 milhões de pessoas autistas pelo mundo todo e a condição tem ganhado um grande destaque, principalmente nas séries de TV populares.
Mas será que tudo que falam é real? Infelizmente, muitas informações que não são totalmente verdadeiras são compartilhadas e deixam as pessoas confusas.
Por isso, hoje você vai descobrir tudo que precisa saber sobre o autismo, de forma prática e comprovada: O que é autismo, sintoma, graus, causas e tratamento. Leia até o final!
Autismo: O que é?
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é considerado um transtorno do neurodesenvolvimento causado por alterações durante a fase do desenvolvimento cerebral, que afeta a capacidade da pessoa de se comunicar e interagir socialmente.
Geralmente é diagnosticado já em crianças pequenas, e os sintomas podem incluir dificuldade em se comunicar e interagir socialmente, comportamentos repetitivos e interesses restritos.
Você sabia que ele é um espectro porque há diferenças dentro do próprio autismo? Encontramos uma ampla variedade de sintomas e níveis de gravidade que se manifestam de forma diferente em cada pessoa, o que a torna única dentro do espectro.
Por isso, dizemos que nenhuma pessoa autista é igual:
Algumas podem ter dificuldades com a comunicação e a interação social, enquanto outras podem ter habilidades sociais e de comunicação mais desenvolvidas. Algumas pessoas com autismo podem precisar de muito apoio para realizar tarefas diárias, enquanto outras podem ser totalmente independentes. É importante ressaltar que algumas pessoas autistas têm até mesmo excepcionais habilidades em determinadas áreas, enquanto outras não.
Então a diferença está nos graus de autismo?
Você já deve ter ouvido falar em grau leve, moderado e severo de autismo. Mas apesar de serem termos muito populares, o que existe, na verdade, são níveis 1, 2 e 3 de suporte, como determina o sistema de classificação o DSM-5 (Quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais). Sabe porque?
Não existe mais autismo ou menos autismo e nem um medidor. Por isso os níveis de apoio no tratamento do autismo são apenas um esquema de classificação que ajuda a descrever o tipo e a intensidade de intervenções e suportes que podem ser necessários para ajudar uma pessoa com autismo a alcançar seus objetivos de vida e participar plenamente na sociedade.
Os três níveis de suporte no autismo são:
Nível 1: Exige apoio na conversação, interação social e apresenta um pouco de dificuldade em trocar de ambientes, organização e em sair de rotinas. Esse é o mais conhecido como “autismo leve”.
Nível 2: Conhecido como grau moderado, exige suporte moderado, ou seja, precisa de apoio para determinadas atividades devido ao prejuízo substancial na comunicação, interação social e dificuldade em trocar de ambientes.
Nível 3: exigem muito suporte substancial e é conhecido como “autismo severo”, onde precisam de muito apoio nas atividades diárias. Apresenta prejuízos graves nas interações sociais e dificuldade extrema com mudanças. Além disso, pode ter prejuízo intelectual e outros transtornos relacionados.
Os sintomas do autismo geralmente começam a aparecer na infância e podem incluir:
- Dificuldade em fazer contato visual;
- Dificuldade em se comunicar verbalmente ou através de gestos;
- Dificuldade em compreender o que as outras pessoas estão pensando ou sentindo;
- Dificuldade em estabelecer ou manter amizades;
- Comportamentos repetitivos, como balançar o corpo ou apertar os dedos;
- Interesses restritos ou obsessivos em alguns assuntos;
- Sensibilidade a estímulos sensoriais, como luzes brilhantes ou ruídos altos;
- Dificuldade em se adaptar à mudanças;
- Dificuldade em compreender e seguir instruções;
Quais são as causas do autismo?
Há quem diga que o autismo é causado por problemas de criação ou pelo uso de vacinas. Mas isso não é verdade.
As causas exatas do autismo ainda são desconhecidas, mas a pesquisa sugere que a combinação de dois fatores pode contribuir para o desenvolvimento do transtorno:
Causa genética em 80% dos casos (onde é herdado pela família) e ambientais em 20%, que são acontecimentos externos durante a gravidez.
Como é o tratamento para autismo?
A intervenção precoce, que é o tratamento iniciado o mais cedo possível, pode ajudar muito a melhorar o desenvolvimento das habilidades no TEA.
Ele inclui principalmente terapia ocupacional e do comportamento aplicada, bem como fonoaudióloga e psicóloga. Elas podem ajudar a melhorar a comunicação, as habilidades sociais e a independência de uma pessoa com autismo. Medicamentos também podem ser usados para tratar sintomas como ansiedade, hiperatividade ou comportamentos agressivos.
É importante lembrar: o autismo é uma condição ao longo da vida e que o tratamento pode ser um processo contínuo. Além disso, cada pessoa é única e pode apresentar uma ampla gama de sintomas e níveis de habilidades. Portanto, é importante tratar cada pessoa com autismo de forma individual e oferecer um apoio adaptado às suas necessidades específicas.